Livro Ladrões de Beleza O autor Pascal Bruckner, nos traz mais um romance que tem como marca a crueldade. É uma historia estranha e que nos dá agonia, mas é aquele tipo de agonia prazerosa que sentimos ao ler um livro como esse, que tem a capacidade de nos prender e nos deixar cada vez mais curiosos para saber qual será seu final.
Essa história coloca em jogo a aparência das pessoas. Será que devemos ou não julgar alguém pela aparência? Será que podemos confiar uns nos outros? Será possível tal atitude atualmente? Essa duvida que nos deixa incomodados e rendidos a ler o livro para finalmente descobrimos qual será o fim de Benjamin e sua noiva. Será a beleza um crime? Podemos culpar o que é belo, por nos encher os olhos com sua beleza e plenitude?
De uma forma ou de outra, a história nos prende. Benjamin e Hélène, se veem presos à uma tempestade de neve no meio da noite, estavam na fronteira franco-suíça. Até que surgem pessoas que os oferecem abrigo, de modo até então normal. Um homem com sua esposa e seu criado, os recebem da forma mais acolhedora possível.
Chega um momento que isso não parece ser mais um abrigo para pessoas que estavam em meio a uma tempestade, mas uma prisão. Eles são praticamente impedidos de saírem da casa dessas pessoas, sem explicação alguma. O que será que a aparência pode ter haver com isso?
Aparentemente, o “salvador” deles apareceu de uma forma misteriosa. Surgiu meio de surpresa, como se estivesse os seguindo. No primeiro momento, foi suspeito. Mas Hélène sempre confiante nas pessoas e acreditando sempre em sorte, não pensou duas vezes para aceitar a proposta de abrigo, o sim foi imediato.
Diante dos ladrões que o autor nos apresenta, será que a beleza de uma mulher pode ser um crime? Será que a sociedade a consideraria crime? Beleza seria uma ofensa ao direito do outro, que deveria ser punida, diante de tais argumentos e fatos. Será mesmo possível? Benjamin e sua noiva, Hélène saíram dessa casa como entraram? Qual será o destino deles? Sabemos que a beleza é considerada uma partícula de eternidade, que o tempo destrói. Serão punidos?